Acho que herdei do meu pai esse gosto por viajar. Minha família, desde quando eu era pequena, sempre viajou muito. Até o ano passado, fizemos viagens apenas para dentro do Brasil, até que resolvemos tirar Passaporte e Visto Americano para poder expandir um pouco nossos destinos. Vou contar um segredo, meu pai sempre foi daqueles que defendem viajar dentro do país, segundo ele, temos que valorizar nossa cultura. Eu concordo, o Brasil tem lugares maravilhosos, mas a experiência de conhecer um país completamente diferente do seu é mágica. Não preciso dizer que meu pai virou adepto a viajar para fora desde a nossa primeira viagem, né?

Ano passado fiz minha primeira viagem para fora do Brasil mas não fomos muito longe, fui para Buenos Aires na Argentina. No mês seguinte, já estávamos com viagem marcada para o EUA, fomos para Orlando e, acabamos gostando tanto que voltamos no mês passado para lá de novo. Mas só pra não falar que foi repeteco, aproveitamos e conhecemos Miami também.

As duas viagens para o EUA eu organizei, praticamente, tudo sozinha sem agência. A minha primeira dica principal é organizar-se com antecedência. Planejar tudo antes, além de ser mais tranquilo, acaba saindo mais barato, já que passagens e hotéis com datas próximas saem mais caro.

Antes de tudo: pesquise o preço de todos os passos a seguir e então some tudo para ter idéia de quanto vai gastar.

PASSAPORTE

O primeiro passo é providenciar a documentação. Com exceção dos países da América do Sul, você precisa de Passaporte para poder sair do país. Ele é como se fosse o seu RG internacional. Tirar passaporte demora um pouco, então veja isso com antecedência. Aqui no site da Polícia Federal tem todos os passos, informações e preços para você tirar o seu. Lembrando que, como todo documento, ele tem validade e você precisa renovar a cada 5 anos. Atenção nessas datas.

Com documento em mãos é hora de decidir seu destino, para onde você quer ir?

DESTINO

Claro que o primeiro passo é decidir-se para onde você quer ir. Alguns país, como o EUA, exigem o Visto para entrar no país. Esse Visto é preciso ser retirado com antecedência, pois demora um pouco. Nesse site tem absolutamente todas as informações que você precisa para tirar o Visto Americano. Eu fiz tudo me guiando por esse site e deu tudo certo. Só é preciso ter calma porque você tem que preencher um documento enorme e ter todos os documentos possíveis em mãos, já que pedem muitos dados.

Alguns países, como na Europa, você pode pegar o Visto na hora que chega no país. Então é importante pesquisar para saber exatamente o que você precisa para entrar no país. Lembre-se, é preciso ter Passaporte para tirar o Visto.

Sobre o meu visto americano: como eu sei que muitas meninas também trabalham com blog vão me perguntar sobre meu visto, já vou adiantar. Eu dei entrada no Visto junto com a minha família. Quando você preenche, eles perguntam quais são suas pretensões no país, como íamos para a Disney, falamos isso, que queríamos passar as férias lá. Fomos agendados todos juntos (em família vai todos de uma vez e não individual) e não tivemos problema nenhum. É importante levar todos os documentos (certidão de nascimento, certidão de casamento, extrato bancário, documento do carro, etc) que estão no seu nome, você precisa provar que tem vínculo com o Brasil, seja trabalhando, estudando, carro no nome, apartamento, etc, e também que você tem dinheiro para pagar a viagem (por isso o extrato atual da conta bancária). Pra mim, não foi pedido nada disso. O policial apenas perguntou a profissão de cada um (eu disse que era formada em Publicidade e tinha um site de maquiagem) e nos deu o positivo na hora. Caso ele encanasse com o blog, eu tinha todos os documentos para comprovar que o blog é uma empresa (sou cadastrada como Pessoa Jurídica em nome do blog).

Lembrando que, assim como o Passaporte, o Visto também vence e precisa ser renovado. Atenção, mais uma vez, as datas.

DATAS

Com todos os documentos em mãos é hora da começar o trabalho de organizar tudo. Depois de escolher o país/cidade que você quer ir, é hora de escolher a data. Planeje, pelo menos, com 6 meses de antecedência para poder organizar com calma e economizar mais. Passagens aéreas e hotéis saem mais barato quando você compra com antecedência, quanto mais próximo da data, mais caro fica, especialmente o avião. Uma dica valiosa: alguns país, como no hemisfério norte (Europa e EUA, por exemplo) tem estações do ano inversas a nossa, então fique atento como estará o clima, se será propício para os passeios que você quer fazer. Não adianta nada se planejar para ir pra praia e chegar lá e estar inverno, né? Ou você ir esquiar e não ter neve na época do ano.

Uma dica importante se você quer economizar (e muito) e não quer muvuca: evite épocas do ano de alta temporada. Meses de Dezembro, Janeiro e Julho são altas temporadas, já que a maioria das pessoas estão de férias. Viajar em meses mais alternativos, como Setembro ou Maio, sai muito mais barato, as vezes até menos da metade do preço. Então, se você tem essa flexibilidade de viajar em baixa temporada, aproveite. Outra dica: fique atento aos feriados do país que você vai. Nessa última vez a Orlando, eu me descuidei e acabei escolhendo a semana de Spring Break (tipo a nossa semana de saco cheio) dos americanos, então os parques estavam lotados. Porém, pegamos o Saint Patrick’s Day e tivemos a oportunidade de experimentar cerveja verde.

PASSAGEM AÉREA

Você já sabe para onde vai e já escolheu a época do ano, agora é hora de ficar atento a promoções de passagens aéreas. Alguns sites, como o Melhores Destinos, sempre tem promoções de passagens.

Eu sempre pesquiso preço de passagens pelo Decolar, já que aparecem todas as companhias aéreas. Ou se você tem preferência por alguma companhia, como eu que adoro a TAM, fique atento ao site. Já comprei na Decolar e na TAM e deu tudo certo das duas vezes, na maioria das vezes você pode parcelar.

A dica aqui é paciência. Os preços mudam todos os dias, as vezes de hora em hora, fique sempre atualizando a página, pesquisando em sites diferentes, até achar um preço que caiba no seu bolso. Por exemplo, já vi passagem para Orlando no site da TAM por meros R$800 ida e volta. Porém, fomos lerdos e não conseguimos finalizar a compra a tempo. Essas promoções são repentinas, elas simplesmente aparecem e somem, então é importante ficar espero e pesquisar o tempo todo.

Como saber se os preços estão caros? Eu tive essa dúvida quando viajei a primeira vez para o EUA, o que eu fiz foi perguntar a amigas e conhecidos que já viajaram quanto eles pagaram mais ou menos nas passagens. Nessa minha última viagem, fomos para Orlando no mês de Março e pagamos R$1.500,00 por pessoa pela TAM em vôo noturno direto na classe econômica. Vôos diretos são mais caros que vôos com escala ou conexão, e vôos em dias de semana são mais baratos que finais de semana.

Atenção: quando você vai comprar as passagens você paga também uma taxa, que é cerca de 10% do valor total da compra.

Dica para mais espaço: não sei quanto a outras companhias, mas na TAM existe o Espaço Mais na classe econômica, que são cadeiras que tem o dobro do espaço para as pernas, elas são em poucas unidades e são vendidas como serviço adicional, custa em média R$300,00 por poltrona. A gente comprou na última viagem e valeu a pena. Elas ficam no centro do avião, na saída de emergência e realmente são mais espaçosas. Meu pai e minha irmã, que são grandes, se sentiram aliviados.

Milhas: você também consegue viajar por milhas. A maioria dos cartões de créditos tem programa de pontuação que você pode trocar por milha. Consulte seu gerente do banco para obter essas informações.

Dica ultra importante: fique atento as restrições para embarcar no avião. No site das companhias aéreas você encontra tudo que é permitido, necessário e restrito para levar no avião. Quanto a bagagem, viagens internacionais pode-se levar uma mala de mão pequena de até 5kgs e duas malas que podem ser despachadas de até 32kgs cada uma. O que passar, seja peso ou bagagem extra, é cobrado uma tarifa extra, que varia de acordo com cada companhia.

Em vôos internacionais, você precisa chegar ao aeroporto para o check-in 3 horas antes do horário do vôo.

HOSPEDAGEM

Importante, só veja hospedagem depois que suas passagens estiverem ok. Eu sempre me hospedei em hotéis pela Decolar e nunca tive problemas. Eu sempre estrava no site do hotel e os preços sempre eram iguais. A vantagem da Decolar é que você ganha em reais e dá para parcelar, na maior parte das vezes. Existem também outros sites de hotéis, como Hostels.com (que são de albergues), Hoteis.com, etc, mas nunca comprei por eles.

No site da Decolar tem publicações e testemunhos de pessoas que já se hospedaram no hotel, tem mapa do local, o que o hotel oferece, etc. Fique atento nos serviços oferecidos, algumas vezes o café da manhã não está incluso e é cobrado a parte.

Para quem quer saber onde eu me hospedei, em Orlando eu fiquei as duas vezes no La Quinta Inn Internacional Drive, o atendimento é ótimo, a cama é macia, o quarto é cheiroso, o chuveiro é gostoso, é bem localização, tem estacionamento para hóspedes e o café da manhã está incluso. Pagamos em média R$60 por noite por quarto duplo (duas camas de casal), muito barato, né? Em Miami ficamos no Seagull Hotel Miami Beach, que é mais ou menos, o quarto era um pouco fedido, o hotel era velho, ele era bem localizado, não tinha estacionamento, o café da manhã era cobrado a parte (acho que eram $11 dólares por pesso) mas era completo. Hotel em Miami Beach é caro demais, esse foi um dos mais baratos que achamos e pagamos algo em torno de R$300 por noite por quarto duplo (duas camas de casal).

Uma dica para escolher o hotel com melhor localização: você pode procurar os pontos turístimos primeiro, ver a localização de tudo e então procurar hotel para saber onde é melhor se hospedar.

ATRAÇÕES/TURISMO

Cada cidade e país tem a sua cultura e passeios diferentes para fazer. Nessa hora é encarar o Google e colher o máximo de informações sobre turismo que você encontrar. Existem Guias da Folha de São Paulo, que vendem em livrarias, que tem ótimas dicas de passeios, restaurantes e tudo que você precisa saber.

O que eu geralmente faço é ir anotando no Word absolutamente tudo que eu encontro sobre a cidade, separando por tópicos, tipo “passeio de dia”, “passeio para a noite”, “parques de diversão”, “restaurantes”, “compras”, etc. E então eu sento com todo mundo que vai viajar e selecionamos o que achamos de mais legal. Porém, eu não apago nenhuma informação ou passeio que não escolhemos, chegando lá podemos mudar de idéia e querer ir em outro lugar. Eu sempre anoto tudo, todos os endereços, telefones, o que tem pra fazer, dicas e imprimo e levo tudo na viagem. Dica: deixe uma cópia do arquivo no seu e-mail caso você perca os mil papéis.

A maioria dos passeios turísticos clássicos, como os parques de Orlando, tem preço fixo e você encontra tudo no site oficial deles. Em média, cada parque custa em torno de $100 dólares por pessoa por dia. É bem carinho mesmo, especialmente se você for passa muitos dias e tem muitos membros na família, mas posso falar? Vale a pena.

Na internet você encontra todo tipo de informação que você precisa. Você também pode consultar uma amiga ou conhecido que já viajou para o lugar e perguntar o que ele mais gostou, o que ele indica, etc. Hoje em dia existem muitos blogs que dão dicas de viagem, você vai encontrar toda informação que precisa.

Lembre-se, mais uma vez, anote tudo e selecione os principais que você não pode deixar de ir.

Depois de analisar tudo, coloque os endereços no Google Mapas para ter idéia de localização, assim você consegue escolher melhor o local do seu hotel.

RESTAURANTES / COMPRAS

Aqui é o mesmo esquema das atrações/turismo. Alguns restaurantes tem o preço e o cardápio/menu no site, assim você pode ter idéia de quanto vai gastar e do que é servido. Uma dica: geralmente os pratos americanos são enormes, fique atento a mesas do lado porque, muitas vezes, dá para dividir.

As compras é o mesmo. A maioria das lojas tem loja online e lá você consegue ver o preço de tudo. O que eu faço é simular uma compra online e ver o total que dá para ter idéia de quanto eu vou gastar aproximadamente na loja.

Dica: se você não quer gastar muito, fique em algum hotel que tenha cozinha, assim você pode comprar tudo no mercado – que geralmente tem coisas diferentes e são super baratos, pelo menos no EUA.

Dica: se você pretende comprar muitas coisas, especialmente no EUA, deixe para comprar uma mala grande lá, já que são baratas, em torno de $70 dólares você compra no Walmart uma mala grande e bem resistente. Então leve uma mala com você e aproveite para comprar outra na viagem.

Por exemplo, no EUA existem restaurantes baratíssimos, como o IHOP, que gastávamos $30 dólares para 4 pessoas. Enquanto existiam restaurantes mais caros que gastávamos $150 dólares por 4 pessoas. Porém, como eles comem muito e as porções são grandes, eu te aconselho a dar uma olhadinha para  a mesa do lado e ver o tamanho do prato. Nunca confie neles quando ele dizem que é para uma pessoa.

TRANSPORTE

Cada país tem um jeito mais fácil de se locomover. No EUA é ótimo alugar carro (Orlando e Miami, algumas cidades, como NY, também vale a pena andar de metrô), enquanto na Europa vale mais a pena andar de trem e metro.

Você pode alugar o carro diretamente aqui no Brasil e marcar de pegar e entregar o carro no aeroporto. Da última vez alugamos pela Hertz um carro com 7 lugares para poder caber as malas, já que éramos em 4 pessoas e 8 malas. Infelizmente eu não lembro o preço mas não é caro e, a maioria, já vem com GPS. Lembrando que é preciso ter a PID – Permissão Internacional para Dirigir – basta acessar o site do Detran, realizar o cadastro e solicitar sua PID através de Serviços Eletrônicos. Você paga uma taxa no valor de R$221,54 para emissão e mais o custo do Correio e espera ser entregue na sua casa.

Se você vai andar de metro ou trem, no site tem o preço. Geralmente existe Bilhete Único que você compra por um determinado tempo ou uma determinada quantia de idas e acaba valendo mais a pena.

DINHEIRO

É impossível eu te dizer quanto exatamente você vai gastar com a sua viagem, isso é você quem precisa pesquisar e somar tudo. Todos os preços você vai achar na internet e a minha dica é: leve sempre dinheiro a mais. Eu te aconselho a levar dinheiro vivo (você pode trocar em casas de câmbio aqui no Brasil) e um cartão pré-pago.

Em todas nossas viagens nós usamos o Cartão Confidence, que é um cartão pré pago. Então você compra o cartão e coloca a quantidade que quiser de dinheiro e ele vai funcionar como um cartão de crédito. Conforme você gasta, a sua quantidade é descontada. Uma vantagem dele é o IOF, que é apenas 0,38% do valor, enquanto do cartão de crédito comum é de 6,5% do valor. Atualmente, uma lei mudou e o IOF do cartão também é de 6,38% igual do cartão de crédito.  Além disso, o valor do dólar as vezes sai mais barato, já que você vai pagar o valor do momento (o valor do dólar muda a cada minuto) e não do valor de quanto fechar a sua fatura, que é o que acontece com o cartão de crédito.

Então, quando eu sei que eu vou viajar, eu aproveito para colocar dinheiro no cartão quando o dólar cai. Dessa última vez que eu viajei eu consegui por dinheiro com o dólar a R$2,04, enquanto da primeira vez que eu viajei eu paguei R$2,17. Diferença, né?

A Confidence é super confiável e eles tem suporte no mundo todo. Eu tive um problema com eles de uma compra que foi estornada mas o dinheiro não voltou no cartão e foi resolvido no próximo dia útil. Tive esse problema na sexta-feira a noite e na segunda-feira meu dinheiro já estava de volta. Ocorreu um problema na hora de estornar a compra, mas no fim de tudo certo.

Dica: mais uma vez, leve dinheiro a mais. É melhor sobrar dinheiro no cartão (você pode usar o cartão normalmente aqui no Brasil ou sacar o dinheiro) do que faltar e você ter que usar seu cartão de crédito e se assustar quando chegar a fatura.

Fato real: na primeira vez meu pai levou pouquíssimo dinheiro no cartão e acabou gastando tudo no cartão de crédito. Além de pagar uma fortuna de IOF, ele pagou mais caro no dólar. Na última viagem ele aprendeu e colocou dinheiro a mais no cartão.

Além do Cartão Confidence, existem muitos bancos que tem esse tipo de cartão pré pago, basta você consultar o seu banco para saber.

Porém, se você vai usar o Cartão de Crédito ou quer levar para alguma emegência, não esqueça de liberar o seu uso para o exterior. Basta entrar em contato com o seu banco.

SEGURO SAÚDE / REMÉDIOS

Se ficar doente na nossa cidade é ruim, imagina fora do país? Existem empresas que vendem seguro viagem a parte, mas nós sempre compramos pela TAM, quando vamos finalizar a compra das passagens. Graças a Deus, nunca precisamos usar, mas é bom ter, né?

Quanto a remédios, é bom você levar todos os medicamentos que você costuma tomar. As vezes é um pouco chato comprar remédio fora do país, fora que está tudo em outro idiomas e o risco de comprar remédio errado é maior, né? Leve o suficiente para o tempo que você vai ficar fora e tudo que você costuma tomar. Se você toma algum tipo de remédio controlado você também pode levar. Eu geralmente pego com meu médico uma declaração de que eu necessito dos remédios pois estou em tratamento, já que tenho medo de confiscarem. Mas, nunca me pararam ou pediram para olhar. Dica: leve tudo na sua bolsa de mão.

Outra dica é verificar se o país que você vai pede obrigatório um seguro saúde, como é o caso da Europa.

IDIOMA

É importante você saber, pelo menos o básico, do idioma do local. Na maioria dos países, até mesmo na Europa, você consegue se virar apenas com inglês. A minha dica é comprar aqueles Dicionários de Viagem que vendem em livrarias, eles podem auxiliar.

O meu inglês é bem básico, eu tenho muita dificuldade em falar e sou boa em entender. No primeiro dia você fica toda enrolada e nervosa, mas acaba acostumando. Sabendo o básico, dá para curtir a viagem.

COSTUMES

É super importante você pesquisar sobre os costumes do local. Por exemplo, em alguns locais da Europa você não pode andar com roupas decotadas e pernas de fora. Nos EUA eles são extremamente educados e as palavras mágicas, Bom Dia, Por Favor, Obrigado e Com Licença são obrigatórias.

TOMADA / VOLTAGEM

Verifique como é a tomada do local e a voltagem. Já pensou chegar lá e não conseguir carregar o celular? Em lojas de multi coisas e de malas você encontra alguns adaptadores mundiais, que servem para todas as tomadas. Mas nada que o Google não te dica. Geralmente eu coloco “Tomada EUA”, por exemplo, no Google Imagens e ele me dá o desenho. Verifique também a voltagem, você não quer queimar seus eletrônicos.

INTERNET MÓVEL / CELULAR

Se você vai levar celular e quer habilitá-lo é muito simples, basta ligar na sua operadora e pedir o desbloqueio. Geralmente eles cobram uma taxa maior pelas ligações e mensagens, tanto para receber quanto para realizar. Também dá para habilitar o uso da internet móvel. Eu sei que na Vivo ela custa R$24,90 a diária no EUA e não tem limite de dados. Porém, na maior parte dos lugares e hotéis tem wifi.

DUTY FREE SHOP

Sempre que você entra ou sai de um país você tem acesso ao Duty Free Shop. É uma rede de lojas que vendem produtos importantes e, a grande vantagem, é o preço sem imposto. Eles são cobrados em dólar e você pode pagar com cartão. No Brasil, se você estiver indo ou chegando, você pode pagar em Real a no débito, a conversão é feita na hora e você não paga IOF do cartão.

Na ida não existe limite, mas na volta do Brasil, no Free Shop daqui você só pode levar $500 dólares em compras por pessoa. Aqui no site da Receita Federal em todas as informações de compras e de bagagens que você pode ou não trazer.

IMIGRAÇÃO

Toda vez que você sai ou entra em um país, mesmo sendo o seu, você passa pela imigração. Lá eles vão te perguntar para onde você está indo, onde você vai se hospedar e etc.

No EUA eles colhem alguns dados como suas digitais, sua profissão, hotel que vai ficar, etc. Geralmente é só uma fila chata e enorme.

ALFÂNDEGA

Eu não tenho muita experiência com a alfândega. Quando fui a Buenos Aires e pela primeira vez no EUA eu não declarei nada e passei sem precisar ser “pego“. Na segunda vez, eu declarei meu iMAC e passei pela Receita Federal. Nesse post tem todas as informações de tudo que eu tive que pagar e como funciona todo o esquema de declaração e pagamento.

Lembrando que eles tem a liberdade de abrir a sua mala e vistoriar. Nessa última vez, o cadeado da minha irmã foi quebrado e a mala foi aberta. Eles sempre colocam um aviso de que sua mala foi verificada.

DICAS EXTRAS:

• Ande sempre coms eu passaporte, em algumas compras eles pedem pra ver sua identidade (no EUA eles chamam de ID).
• Guarde seu dinheiro no cofre do hotel e não deixe ele num lugar só. Caso você seja assaltado, pelo menos não perderá tudo.
• Assaltos existem em todos os lugares, pesquise bem sobre a região e fique atento a todo movimento.
• Não é necessário Habilitação Internacional para dirigir lá fora, você só precisa ter mais de 25 anos, pelo menos no EUA. Porém, se você levar algum tipo de multa, ter a habilitação pode “melhorar” a situação. Na dúvida, tire.
•  No EUA as gorjetas não estão inclusas na conta, some e deixe sempre algo. Lá, eles dão dinheiro de acordo com o atendimento, pode chegar até 20% do valor da sua refeição.
• Coisas de banho como sabonete, shampoo, condicionador, etc, eu nunca levo. Sempre paro numa farmácia a aproveito para comprar.
• Leve suas roupas de acordo com o clima do local. Se você for andar muito, não esqueça de levar tênis – ou comprar lá.
• Leve roupas confortáveis e quentinhas no avião, em vôos internacionais que são mais longos, eles costumam ser bem frios, cerca de 18 graus – informação da aeromoço do meu último vôo.
• Leve uma mochila, é bom para você levar tudo que precisa usar durante o dia.
• Esteja aberto para novas culturas.
• Sempre que sair do hotel para passear, feche suas malas com cadeado, deixe sempre tudo trancado.
• Anote sempre o telefone e endereço do Consulado Brasileiro do país.

Se você não se sente totalmente segura em fazer uma viagem para fora por conta própria, você pode ir por alguma agência de viagens. 

Boa viagem a todos!

Depois de duas semanas de férias eu estou de volta me readaptando a rotina normal. Viajei com a minha família para a Flórida, nos EUA. Ficamos dois dias em Cocoa Beach para conhecer a Nasa, alguns dias em Miami e o restante em Orlando.

Preciso dizer que já quero voltar? Gravei um pouco da minha viagem pra vocês, espero que gostem.

Não precisam nem pedir, essa semana ainda gravo e libero o vídeo de comprinhas. Aviso que tem bastante coisa legal, cheio de novidades e muita coisa pra testar.

Já fiz alguns posts sobre Orlando da outra vez que fui, é só usar o campo de pesquisa no blog. =)

Quem me acompanha nas redes sociais viu que eu comprei um iMAC em Orlando e trouxe para o Brasil. Surgiram muitas dúvidas perguntando como eu trouxe, se eu declarei, se valeu a pena, quanto paguei, etc. Apesar desse assunto não ter a ver com o conteúdo do blog, acho que esse tipo de informação é muito legal ser repassado.

Eu escolhi o modelo iMAC de 27 polegadas com 2,9GHz, acrescentei o dobro de mémoria RAM, ficou com 16GB. No Brasil somente o iMAC custa R$8,499,00 e mais a memória por R$700,00, total de R$9.199,00. Também comprei o Apple Care, no Brasil ele custa R$429,00. Somando o iMAC + Memória + Apple Care = R$9.628,00. Esse valor pode ser feito em até 12 vezes sem juros pelo site ou em qualquer loja Apple.

Brasil = R$ 9.628,00

Quando viajei eu fiz o Cartão Confidence, que é um cartão pré pago que você abastece e usa normalmente. A vantagem é a taxa de IOF ser menor que a do cartão de crédito comum (Santander cobra em torno de 6,5% de IOF enquanto o Confidence cobra 0,38%), e o valor do dólar é mais precido, já que no cartão de crédito você vai pagar o valor que for o fechamento da sua fatura e não a data da sua compra. No Confidence eu paguei R$2,04 no dólar.

No estado da Flórida, toda compra tem imposto de 6,5% em cima do valor. Lá eles cobram separado no final da compra, aqui no Brasil esse imposto já está embutido no preço do produto.

O iMAC com as mesmas configurações nos EUA custa $1.799,00 dólares, a memória RAM custa $200,00 dólares e o Apple Care custa $169,00 e é válido em todo o mundo. Totalizando $2,168,00 dólares, mais a taxa de imposto de 6,5% dá $2.308,92 dólares.

Convertendo com o valor que eu paguei no dólar, dá um total de R$4.710,20. Lá só é possível pagar a vista, não existe parcelamento.

Estados Unidos (Flórida) = R$4.710,20

No avião:

A questão foi quanto a Alfândega. Segundo a legislação da Receita Federal, você só precisa declarar eletrônico quando o valor for acima de $500 dólares, abaixo disso você pode passar sem declarar. Porém, você tem o risco de ser “pego”, eles te escolherem para fiscalizar suas malas e, se você tiver algum eletrônico acima desse valor, você paga uma multa.

Se você declarar você vai pagar 50% do valor (em reais, é convertido na hora com o valor do dólar do momento) que ultrapassar de $500. Se você não declarar e for pego, você paga 100% do valor.

Eu optei por declarar e não correr o risco, já que era a primeira vez que eu trazia algo caro. Eu deixei ele na caixa original e despachei, já que pelo tamanho e peso não poderia ir comigo no avião. A TAM, companhia aérea que eu viajei, sinalizou a minha caixa como frágil e ele foi num compartimento separado das malas, me garantiu total segurança na hora do despache. Quando você chega no Brasil, ele é colocado na esteira junto com as malas e vem com a etiqueta com a sua numeração e etc como qualquer mala.

Para assegurar, eu preferi despachar na caixa original, para que os funcionários soubessem com que tipo de produto estavam lidando, e escrevi meu dados como meu nome completo com aquelas canetas permanentes para não correr o risco de alguém pegar. Para garantir, fiquei na boca de onde saem as malas na esteira e já peguei ele logo que saiu.

Como as duas malas que eu estava não estavam próximo ao peso permitido, eu não precisei pagar bagagem extra, mas se não me engano o valor é de $150 dólares por mala. Alguém me corrige se eu estiver errada.

Alfândega:

É muito importante você levar junto a sua nota fiscal para comprovar o valor correto do produto, apesar deles saberem de cabeça alguns preços, como o delegado me explicou.

Eu entrei na fila de declarar junto com todas as minhas malas, tudo foi passado pelo raio-x mas não pediram que eu abrisse nada, apesar de estar levando junto a minha câmera, meu Macbook e meu iPhone.

Você senta num computador e preenche qual produto você quer declarar com todas as especificações e o valor em dólar que você pagou. Eu preenchi o valor do iMAC e da memória (fui burra, fiquei com medo dele olhar minha nota fiscal e ver a memória e acabei declarando, mas ele nem pediu pra olhar, eu poderia nem ter declarado). Não declarei o valor da taxa do estado, ficando somente $1.799,00 + $200,00, no total de $1.999,00 dólares.

O excedido de $500 permitido dá $1.499,00, eu paguei 50% desse valor, que convertido deu exatos R$1.491,46. O pagamento é feito no Banso Safra, dentro do aeroporto e eu paguei no cartão de débito. Esse valor está somado o IOF que é cobrado no valor de 0,38%.

Então, no total eu paguei R$6.201,66, uma economia de R$3.426,34.

Valeu muito a pena!

Você pode ver todos os preços dos produtos Apple no site deles do Brasil e dos EUA.