Teve uma época em que as esponjas foram deixadas de lado na aplicação da maquiagem mas, desde o fenômeno da Beauty Blender, as marcas tem investidos em esponjas diferentes. A esponja Belliz é uma das mais famosas e a primeira que escolhi para testar e também comparar com a Beauty Blender.
Ela foi uma das primeiras a serem lançadas no Brasil e tem a mesa proposta da famosa importada. A idéia é que você umedeça ela com água, fazendo com que ela aumente de tamanho, e então aplique com batidinhas sua base ou corretivo (na verdade qualquer produto líquido e cremoso). O fato de molhar faz com que ela retenha menos produto e o acabamento na pele fique mais natural.
A esponja Belliz é feita 100% de poliuretano, tipo uma espuma multiuso feita de polímeros. É totalmente livre de látex, o que não causa alergia. Ela é em formato de gota, com a pontinha ideal para áreas menores, e o outro lado maior ideal para o rosto todo. No meio ela tem essa cintura que auxilia na hora de segurar.
Ela é bem macia, sendo fácil para aplicar, mas também é firme.
Como molhar sua esponja: você pode usar um spray de água (comum ou termal) e ir borrifando e espremendo a esponja até ela aumentar de tamanho. Ou então, a forma como prefiro, ficar apertando ela nas mãos na água corrente da torneira até que ela fique maior. Então, é só apertar para retirar qualquer excesso de água.
Antes de falar o que achei dela, quero comparar com a Beauty Blender:
A principal diferença entre as duas é o material. A Beauty Blender é feita de algo não revelado, mas que é patenteado, ou seja, nenhuma esponja nunca vai ser igual. Ela foi feita para expandir em contato com a água, mas absorver a menor quantidade de produto possível, seja água ou base.
Na foto acima, ambas estão molhadas, e dá pra ver bem a diferença. É como se a Beauty Blender criasse “burracos“maiores, expandindo seu material ao invés de absorver a água. Enquanto a Belliz tem “burracos” menores. Por conta disso, a BB é muito mais macia, enquanto a Belliz é mais firme e dura.
Outra diferença fica no formato, especialmente na pontinha. A BB é mais delicada e acessa melhores lugares pequenos como ao redor dos olhos, enquanto da Belliz é mais difícil chegar nos cantinhos porque sua pontinha é mais “gordinha“.
Na aplicação as duas são semelhantes porém a Belliz absorve muito mais produto, tanto água quanto base. Você sente que tem maior desperdício e ela acaba ficando suja mais rápido, por conta da absorção. Enquanto a BB retira cerca de 95% da água quando molhada, diria que a Belliz retira apenas 80%. E isso vale com os produtos também. Por isso, a minha dica é aplicar a base diretamente no rosto e só então espalhar com a Belliz, enquanto a BB você consegue pegar a base com ela e espalhar que não vai absorver muito. Conseguem entender?
Por fim, a última diferença (além do preço, claro!) é na hora da lavagem. Ambas podem ser lavadas com sabão neutro e água corrente (se for morna é mais fácil). As duas ficam limpinhas rápidas, porém a Belliz não retira totalmente o sabão, enquanto a BB sim. Como assim? Na hora de enxaguar, a BB vai expelir totalmente o sabão, então uma hora você vai apertar e não vai fazer mais espuma. Enquanto a Belliz ainda continua sair espuma, por mais que você aperte muito. Inclusive, na hora de umedecer ela novamente depois de limpa, você ainda vai ver um pouco de espuma. Acredito que isso influencia na questão do tempo de vida delas.
Pra facilitar fiz uma tabelinha pra vocês:
A Beauty Blender não é vendia no Brasil, você encontra nos EUA por $20 dólares. A Belliz eu comprei na Ikesaki e paguei R$21,55 (já vi preços até R$25).
Afinal, vale a pena? Vale! Pelo valor, eu achei que é uma boa esponja, especialmente se você nunca testou a Beauty Blender. Se você já testou, vai sentir as diferenças e vai achar que vale a pena investir na importada, que vai durar por mais de um ano se você cuidar dela. Insisto na minha dica: aplique a base diretamente no rosto e só espalhe ou dê acabamento final com a esponja, assim você não desperdiça tanto produto. E na hora de lavar, paciência, a espuma não sai mesmo, rs.
Priscila Paes